quarta-feira, 1 de maio de 2013

Sr. Pleno


nada o faltava,
recursos tinha milhares por dia:
sorrisos, carinho, atenção, colo, respeito, amizade, admiração, entre outros.
era munido então de vontade.
tinha três filhos.
sabia fazer as escolhas.
sabia transmitir seus ensinos.
olhava para todas as coisas simples como se visse algo encantado.
Era além disso naturalmente elegante, não digo enfeitado, que é coisa diferente pois podia-se notar-lhe
muitas infrações ao código da moda,
era elegante nas maneiras, na atitude, no sorriso, no trajo, tudo mesclado de
um certo humor que era o cunho do seu caráter.
e seu discurso: I always loved the soul!


A análise do nau –frágil

Confiando que no papel diria as coisas de muito melhor maneira que de boca,
além de crer que a língua humana há de ser sempre impotente para exprimir certos afetos da alma 
e ainda tendo a temática do amor no subconsciente um pensamento atrevido que me invade a todo instante,logo eu que sempre fui tão inconstante e coerente quando o assunto é delicado,
hoje encontro - me assustado um pouquinho demais.
E o equilíbrio em corda bamba qual um provedor de internet ruim.
Balanço o corpo e então entro em canções swingadas, afoxés, carimbós e até cirandas de maluco.
Eita instante encantado em que me esqueço que o peso da idade já chegou!
Então me solto nos teus braços pra sorrir por um instante interrompido quando alguém perguntou:
Será que é certo o viver preciso e ancorado itinerante de rumo incerto o navegante do amor?



‎"o jaca da pamps"


Que sortudo me acho!
Hoje em um processo costumeiro de meus hábitos, em momento furtivo para o encontro comigo mesmo,
bem longe do caos do dia, em uma distração do foco em que as peraltas meninas do cume calmo de meus olhos contemplaram o espelho d'água da pampulha, eu o notei.
Camuflado em uma imersão parcial pelo tom da água verde e por suas escamas esmeraldas,
lá estava ele: o boy magia das capivaras residentes, o porta aviões dos colibris e garças de pequeno porte,
o confidente dos peixes insalubres, o síndico dos urubus do parque ecológico, o guru das tartarugas pampulhanas, por fim, meu mais novo afeto.
Por quantas vezes em caminhadas vespertinas com meu querido primo Lan, padeci sob o sentimento ruim da inveja, isso quando ele enredava em tom lírico o mágico dia em que vira nosso réptil menino.
Alegrai-vos todos que sabem de mim pois a três quartos de hora também tive eu a honra de contemplar tal criatura excessivamente bela e naturalmente elegante: o jacaré da lagoa da pampulha.

2 do 2

fui rezar pra rainha do mar
pedir para ela poder me guiar

deixei os meus pedidos riscados na areia
antes que a onda apague peço que ela leia

recebi um lindo ponto harmonizado em colcheia
melodias afinadas no tom das sereias

odoiá, odoiá, odoiá
é bom firmar o corpo pra não balançar

odoiá, odoiá, odoiá
me encontro no encanto da deusa do mar



sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

feriado de segunda




Vale para um dia de sol
Uma blusa leve e colorida
Cabe uma presilha no cabelo
Cabe um coquetel para bebida

Uma preguiça no meio da tarde
Um bom DVD pra assistir
Cabe de imaginar você feliz,
Sem se conter de sorrir

É que o sol qual tomate caqui
Ficou vermelho de elogio ganhar
E a querência de te ter por aqui
Fez o meu mundo se esquecer de girar.

Ouvia musica quando alguém me ligou
E cutucou minha intensa aflição
Já colocava tramela na porta da entrada,
Mas da janela eu te vi no portão

Se entra, se senta,
Cinqüenta se pá
No colo é covardia tremenda,
Deitar, dormir e sonhar

Te explico a métrica e o compasso,
O sentimento do autor na canção
E você me acha muito complexo
Mas mal sabe qual a minha intenção

Vou fazer um plano corporativo
Pra conectar ao meu, seu coração
Até um curso intensivo de moda
E a elegância vai me dar seu perdão

Enfim quando tudo se der
Sem caber de tentar só sonhar
De novo maluco, se esvai de a pé
Pra nunca parar de encontrar.

Um caminho, um carinho, um motivo,
E até mesmo um novo sabor
Um cheiro novo, melodia no tom
E um filme antigo abusado de cor.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

musicoterapia





Acomete-me a endorfina liberada hora por um pensamento libertador
Hora por uma musica com harmonia celeste deslizada bigorna adentro.
Caramba, chego a arrepiar-me tamanha sensação de bem estar.
Taquicardia e vontade de chorar, um grito seria conveniente!!!
Entretanto, sempre que sou surpreendido por essa euforia,
encontro-me em ambiente inóspito à expressão da espontaneidade.
Fazer o que???
Só no que pensei foi tentar traduzir um pouquinho em forma de texto,
pra você saber.
i always loved the soul!!!!!!

domingo, 17 de abril de 2011

papo quente






Alguém disse:
-Tá quente!!!
Depois disso falaram em lareiras
e também falavam em fogueiras e em exaustor.
Falavam em ar quente, em fechar janelas e
até no falecido ventilador.
Durante horas a fio o assunto foi o aquecimento global.
Degelo, el ninho, etc e tal...
Faziam previsões, previam desfechos.
Falaram em apocalipse também.
Falaram sobre o fim do mundo e até na teoria do big bem.
Explicavam como era possível e...
enquanto isso começaram a tirar os agasalhos.
Por fim falaram em efeito estufa e raios ultravioleta.
Foi quando ligaram o ar condicionado e
então deram um basta no assunto.