sábado, 15 de maio de 2010

noite triste sertaneja

no sertão quente e seco, suor é água que te sai salgada,
salobra, sofrida, saudosa tempos atrás.
e tão sua se sentia, sem saber só sorria,
de tao feito destino de seu bem, analú.
ainda um ano faltava, vida nova à capixaba,
agora nordestina seu sonho morar no sul
numa rural velha chegava ze afonso seu único alento,
seu canto bem harmonico. seu noivo, era sargento.
seu sapato, couro de cascavél, rockeiro de almenara,
sertanejo se formou.
sabrina seu segredo, desafeto de analú.
se os três eram ligados de padim siço afilhados.
mas deu que seu distino como algo já escrito
como algo destemido universo a conspirar
rogava a deus menino véspera de cavalgada
pedia ajoelhada analú a ler resenha
duelo na estrada ze afonso e bastião,
desembanhara sua espada noite triste no sertão
alento de sabrina forjara-lhe um embrião
despeito a analú no quando da separação
de terno por outrora, ze afonso sem piscar
tião de bota fora sertão a galopar
acauã cantou sem brilho sem luar sem compaixão
findaram com o trio mais feliz desse sertão
passara-se um ano adeus nordeste e tanta sede
casa decorada elvis presley na parede
sabrina e afonsinho, foram então morar no sul
eram novamente um belo trio
com a madrinha analú.


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